Hoje senti o gosto inoportuno do tédio. Mas foi um tédio incomum, não do tipo que se sente em domingos normais, nem em tardes sedentárias, mesmo que isso seja a realidade do momento. O gosto foi ardente, mas foi um ardente estranho, do tipo que eu nunca havia provado, uma mistura de pimenta fraca, orégano com frango e morango azedo. Sinta os gostos... Imagine. O que tem a ver com tédio todos esses gostos? Absolutamente nada. Na verdade gosto de tentar sentir o que eu penso. Torna tudo mais real, e faz com que eu ocupe minha cabeça com algo. Estranho eu ser assim, tão... desocupada, sei lá. Mas se eu não mostrar o que eu penso, quem é que vai comparar o tédio a pimenta fraca? Ninguém. Por isso que eu escrevo, para libertar meus próprios pensamentos, e deixar eles voarem pelo tempo que acharem necessários. Até que um dia voltem para mim, mais completos, mais seguros e mil vezes mais interessantes. O tédio que eu sinto, nada tem a ver com falta de escolhas ou de não ter o que fazer, o tédio é estimulado pela minha força de viver.
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